SEOUL (COREIA DO SUL) - Mar/25

23/03/2025

Eu estava na China já há uma semana e de lá fui para a Coreia. Então de certa forma, a Coreia foi para mim um refúgio ocidental no meio do oriente haha. Na minha opinião, o país é bem mais globalizado e em alguns bairros, eu poderia até achar que estava nos EUA. Gostei muito de Seoul e com certeza voltaria para passar mais dias. 


O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR NESSE POST

Caso queira pular alguma parte, é só clicar no link abaixo para ir direto ao tópico

  1. Informações gerais (como chegamos, onde ficamos, como se deslocar, quanto tempo ficar, moeda, lingua, história, clima)
  2. Roteiro para dois dias
  3. O que fizemos (roteiro detalhado)
  4. Atrações extras
  5. Restaurantes e comidas típicas
  6. Dicas (internet, mapas, curiosidades)

INFORMAÇÕES GERAIS

COMO CHEGAMOS

Para Brasileiros irem para a Coreia é necessário emitir uma Autorização Eletrônica de Viagem, (K-ETA), que é facilmente retirada online, através do link: Request Your K-ETA Korea Online | Travel Service

O valor para emitir a K-ETA foi 109 dólares e ela ficou pronta dentro de um dia. Ela deve ser emitida pelo menos 72 horas antes do embarque. A K-ETA tem prazo de validade de 3 anos. 

Ao passar pela imigração na Coreia, não me fizeram nenhuma pergunta. 

Eu fui através da China para a Coreia e fiz o trajeto Wuhan – Shangai – Seoul, através da cia China Eastern Airlines. Paguei 280 euros na passagem ida e volta.


ONDE FICAMOS

Os bairros mais famosos para se hospedar em Seoul, são:

  • Myeongdong: O bairro é conhecido por suas lojas de cosmético, moda, mercados de rua, lojas de marca e grandes shoppings. Além disso o bairro fica perto de outras atrações, como a N tower e os Palácios.
  • Insadong: Conhecido por ser o coração cultural de Seoul, famoso por lojas de artesanato tradicional, galerias de arte, cerâmica e lojas de antiguidade. Insadong é um ótimo lugar para explorar templos budistas e cafés. Além de combinar elementos tradicionais e modernos. Fica próximo das principais atrações também.  
  • Hongdae: O bairro é conhecido por uma vibe jovem e é o lugar perfeito para quem curte música, arte e vida noturna. Hongdae é famoso pela cultura k-pop e pela arte de rua. Ele fica um pouco mais afastado dos pontos turísticos mais tradicionais. 
  • Gangnam: É famoso por sua sofisticação, sendo um bairro de luxo e um centro financeiro de Seul. A área é repleta de shoppings de grife, restaurantes gourmet, cafés elegantes e arranha-céus. Apesar do bairro estar perto de duas atrações (Monumento Gangam Style e Starfield Library), achei ele um pouco mais distante das demais atraçoes. 

Eu fiquei em Gangnam, no hotel abaixo. Eu achei o hotel muito caro pelo o que ele oferece. Além do que, na rua dele estava tendo uma obra que ficou a noite inteira fazendo barulho. Mas de fato o bairro é bem legal e um pouco no estilo Times Square, cheio de prédios altos, iluminados e com telões. A recepção do hotel fica no último andar e tem uma vista bem legal do bairro. 

Preço 2025

214.500 wons [aproximadamente 930 reais] para uma diária

Vista do Rooftop do hotel
Vista do Rooftop do hotel



COMO SE DESLOCAR

Metro: O Metro em Seoul funciona super bem e eu conheci a maioria das atrações através dele. Pelo aplicativo KakaoMap, é possível ver o mapa do metro e escolher o melhor trajeto (google maps não funciona muito bem na Coreia). As estações tem o nome em coreano mas também no alfabeto romano, então é bem tranquilo de usar. É possível comprar um cartão de metro nas lojas de conveniência como 7 eleven ou nice to CU e carregá-lo nas estações ou comprar um ticket único direto nas máquinas das estações. Eu optei por usar o ticket único. Você só precisa digitar a estação final que está indo e então pagar (cerca de 2000 wons por trecho) – mas atenção, apenas dinheiro é aceito! A máquina te dará um cartãozinho de ticket único. Após usá-lo, você devolve o cartão em uma máquina de retorno de ticket e te devolvem 500 wons.

Transporte por aplicativo: Uber funciona na Coreia, mas o mais comum é usar o aplicativo da Kakao, chamado k.ride (esse é exclusivo para estrangeiros). Eu peguei um carro para ir para outra cidade, a mais de 100km e funcionou super bem.

Na cidade vi muitos patinetes e bicicletas elétricas disponíveis para alugar, mas não cheguei a utilizar.   


QUANTO TEMPO FICAR

Como eu fui para a Coreia a trabalho, eu só tive um dia inteiro em Seoul, então consegui conhecer apenas as principais atrações. Mas se eu estivesse indo sozinha, teria ficado pelo menos uns 3 dias. 


MOEDA

A moeda oficial da Coreia é o Won, e 1000 wons são cerca de 4 reais. Na maioria das vezes eu usei meu cartão WISE, mas em alguns lugares ele não foi aceito e tive que usar o cartão de crédito internacional ou dinheiro. Dinheiro é ainda bastante usado na Coreia, então eu recomendo sacar um pouco chegando no aeroporto. Inclusive, lugares como o metro, apenas dinheiro é aceito. Alguns lugares aceitam o Alipay como forma de pagamento (aplicativo da China).


LÍNGUA

A lingua falada é o Coreano e eu encontrei poucas pessoas falando inglês. Talvez seja ainda um pouco melhor do que na China em termos de nível de inglês, mas ainda sim, bem ruim. Então qualquer coisa use o google tradutor.

Uma curiosidade sobre a lingua coreana é que até o século XV, a população falava coreano, mas usava caracteres chineses para escrever, o que era complexo e difícil de aprender para muitas pessoas comuns. Foi no século XV, que o rei Sejung, criou o Hangul (alfabeto coreano), para tornar a escrita mais acessível ao povo. Esse sistema se tornou a base da escrita coreana moderna. Diferentemente do chinês, onde o alfabeto muitas vezes é formado por ideogramas que representam palavras, o hangul é composto por letras, sendo 14 consoantes e 10 vogais. 



HISTÓRIA

História da Coreia

A história da Coreia remonta a mais de 5.000 anos. O primeiro reino conhecido na península coreana foi o Gojoseon, fundado por Dangun em 2333 a.C. Segue os principais marcos da história coreana:

Era dos Três Reinos (57 a.c. - 668 d.c): Gojoseon foi sucedido por uma série de reinos que dominaram a região, incluindo o Baekje, Silla e Goguryeo, que juntos formaram a chamada Era dos Três Reinos. Cada um desses reinos tinha sua própria cultura e políticas, mas todos desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento da identidade coreana.

Unificação e a Dinastia Goryeo (918–1392): Após a unificação da Coreia pelo Reino de Silla, a península passou por uma fase de fragmentação novamente, até que o Reino de Goryeo (de onde vem o nome "Coreia") foi fundado. Durante este período, a Coreia experimentou um grande florescimento cultural. Goryeo também foi fortemente impactado pela invasão dos mongóis no século XIII, quando foi forçado a se tornar um vassalo do império mongol.

Dinastia Joseon (1392–1897): A dinastia Joseon foi uma das mais longas e influentes da história da Coreia. Foi durante esse período que muitas das tradições coreanas modernas foram estabelecidas, incluindo a adoção do confucionismo como ideologia dominante e a criação do alfabeto hangul. Durante a dinastia Joseon, a Coreia sofreu com a invasão japonesa durante as Guerras Imjin (1592-1598) - mas com a ajuda da Dinastia Ming na China, conseguiu sair vitoriosa. Mais tarde, os manchus da Dinastia Qing da China invadiram a Coreia em 1636, forçando Joseon a se tornar um vassalo da China. Em 1897, o último imperador da dinastia Joseon, Gojong, proclamou a fundação do Império da Coreia, renomeando o país como "Coreia" e se autoproclamando imperador. Isso representou a tentativa de restaurar a soberania e se afastar do controle estrangeiro, mas o império rapidamente perdeu sua independência, sendo anexado pelo Japão em 1910.

Era Moderna e a Ocupação Japonesa (1910–1945): Após o final da dinastia Joseon, a Coreia passou a ser conhecida como o Reino da Coreia até ser anexada pelo Japão em 1910. A ocupação japonesa foi um período doloroso e devastador para a Coreia, marcada por repressão cultural, exploração econômica e a tentativa de apagar a identidade coreana - era proibido o uso da língua coreana, artefatos culturais foram destruídos e os coreanos foram forçados a adotarem nomes japoneses. Com o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o Japão se envolveu ativamente no conflito como uma das Potências do Eixo, e a Coreia, sob domínio japonês, foi mobilizada para apoiar os esforços de guerra japoneses. Milhões de coreanos foram forçados a trabalhar nas indústrias japonesas, em minas e em condições extremamente difíceis. Muitos também foram enviados para trabalhar em frentes de batalha ou em condições de trabalho escravo. Além disso, estima-se que cerca de 200.000 mulheres foram forçadas a servir aos soldados japoneses durante a guerra (conhecidas como "mulheres de conforto")

Divisão da Coreia e a Guerra da Coreia (1945–1953): Com a derrota do Japão na segunda guerra mundial, a Coreia foi libertada do domínio japonês em 1945 e o país foi dividido em duas zonas de ocupação: a zona soviética ao norte e a zona americana ao sul, o que eventualmente levou à criação de dois países separados: Coreia do Norte e Coreia do Sul. A divisão se intensificou com a eclosão da Guerra da Coreia (1950-1953), quando o Norte invadiu o Sul. A guerra resultou em milhões de mortes e em uma divisão permanente da península. A Coreia foi severamente bombardeada durante a Guerra da Coreia e estima-se que cerca de 85% das cidades da Coreia do Norte foram destruídas durante o conflito. O conflito terminou em 1953 com um armistício, mas não um tratado de paz, deixando as duas Coreias tecnicamente ainda em guerra. A linha de demarcação estabelecida na Zona Desmilitarizada (DMZ) continua a dividir o país até hoje. 

Coreia Moderna: Após a guerra, a Coreia do Sul se desenvolveu como uma democracia moderna e se destaca por sua tecnologia de ponta, indústria do entretenimento (como a K-pop e o cinema) e sua influência cultural global. A Coreia do Norte, por outro lado, manteve um regime comunista autoritário sob a dinastia Kim, marcada por grande isolamento internacional, violações dos direitos humanos e uma ênfase militar. Sua relação com a Coreia do Sul e o resto do mundo permanece tensa.

Seoul:

Seul tem uma população estimada de 9,7 milhões de pessoas, mas a região metropolitana de Seul, que inclui cidades vizinhas como Incheon e Suwon, possui mais de 25 milhões de pessoas, tornando-a uma das áreas metropolitanas mais densamente povoadas do mundo. A cidade é uma das mais urbanizadas e moderna, com uma população predominantemente homogênea etnicamente (a grande maioria é coreana). A religião predominante em Seoul é o cristianismo (cerca de 30% da população).

Durante a Guerra da Coreia, a cidade foi fortemente bombardeada, mas se recuperou rapidamente após o fim do conflito.

Seul é um dos maiores centros econômicos do mundo e um polo de tecnologia. Ela abriga grandes empresas como Samsung, Hyundai, LG e SK Group, que são algumas das maiores multinacionais de tecnologia e automóveis da Coreia do Sul. Além do que, a indústria do entretenimento coreano cresceu enormemente nas últimas décadas e agora ocupa uma posição de destaque no cenário global. 



CLIMA

Seoul tem um clima temperado continental, com as quatro estações bem definidas. 

  • Primavera (Março a Maio): É uma das estações mais agradáveis, e as temperaturas possuem média de 10ºC a 20ºC -  março ainda pode ser frio. Os dias são ensolarados, com pouca chuva e as cerejeiras florescem.
  • Verão (Junho a Agosto): Pode ser bastante quente e úmido; as temperaturas médias ficam entre 25ºC e 35ºC. No mês de julho, ocorre a temporada de chuvas monçônicas, que traz chuva pesada por vários dias consecutivos. 
  • Outono (Setembro a Novembro): O clima do outono é seco e a cidade é tomada por belas folhas vermelhas e douradas. As temperaturas ficam entre 10°C a 20°C.
  • Inverno (Dezembro a Fevereiro): O inverno em Seoul é rigoroso e frio, com temperaturas frequentemente abaixo de 0°C. As médias ficam entre -5°C e 5°C; A neve é comum.

Eu fui para Seoul no dia 22 de março e ainda estava bastante frio, com temperaturas próximas a zero grau. Eu cheguei a pegar neve inclusive. Não cheguei a ver nenhuma cerejeira florida :( Acredito que ir em Abril, seja uma época mais agradável. 

ROTEIRO (2 dias)

Esse é o roteiro que eu sugiro:

DIA 1: 

Eu cheguei na cidade tarde já, por volta de umas 19h30

DIA 2: 

      O QUE FIZEMOS

      GANG NAM STYLE SCULPTURE

      O monumento de Gangnam Style é uma referência ao famoso fenômeno global criado pelo cantor sul-coreano Psy com a música "Gangnam Style", lançada em 2012. O monumento, oficialmente chamado de "Gangnam Style Horse Dance Statue", foi instalado em Seul para comemorar o impacto cultural e o sucesso mundial da música. O Monumento é bem grande e na frente dele tem uma caixinha de som que fica tocando a famosa música.

      O monumento fica no bairro de Gangnam em Seoul, um dos bairros mais ricos da cidade.  Na música, Psy faz uma crítica irônica ao comportamento e à ostentação de pessoas que tentam exibir riqueza e status social, mas de uma maneira exagerada e muitas vezes vazia

      Monumento Gang Nam Style
      Monumento Gang Nam Style

      STARFIELD LIBRARY

      Esse shopping é famoso por ter uma biblioteca gigante dentro dele, então como estava hospedada lá do lado, passei para ver. O mais legal é que é uma biblioteca pública e gratuita e sua estrutura é de fato surpreendente Ela foi inaugurada em 2021!

      Eu achei interessante também que o shopping possui uma pista de corrida dentro dele haha

      Starfield Library
      Starfield Library

      GYEONGBOKGUNG PALACE


      Preços 2025

      3.000 wons por pessoa
      (+ 3.000 se quiser audio guia)

      Horários

      Novembro a Fevereiro: 09:00 - 17:00
      Março a Maio: 09:00 - 18:00
      Junho a Agosto: 09:00 - 18:30
      Setembro a Outubro: 09:00 - 18:00
      * Fechado nas Terças Feiras

      Informações adicionais: 

      • Se estiver usando traje coreano (hanbok), não precisa pagar. Muitas pessoas estavam usando quando eu visitei o Palácio. 
      • É possível adquirir o Royal Palace Pass, que da direito a admissão aos 4 palácios (Gyeongbokgung Palace, Changdeokgung Palace, Changgyeonggung Palace e Deoksugung Palace) por três meses. 
      • Existem tours guiados de graça em inglês, japonês, chines, espanhol e francês em dias e horários específicos - dura cerca de 1h30. Olhar no site oficial para maiores informações
      • Todos os dias (exceto às terças) acontece a cerimônia de troca de guarda do Palácio, às 10h e às 14h. A apresentação é uma reconstituição do costume da corte real do século XV. 
      • A estação de Metro mais perto é a Gyeongbokgung (Government Complex)
      • Eu paguei pelo áudio guia e achei que valeu super a pena, porque tem poucas coisas escritas durante o passeio. 

      Seoul tem alguns palácios que é possível visitar, mas como eu tinha apenas um dia, escolhi o Gyeongbokgung Palace, que é o principal. Chegando lá, eu já fiquei encantada com a vista do palácio, que combina o portão de entrada de arquitetura tradicional coreana, as montanhas atrás e de quebra vários prédio modernos.

      Para entrar no Palácio, você passa primeiro por três portões. No áudio guia contam que eles construíam os prédios com a quina elevada, para que eles parecessem mais altos.

      O que eu achei mais interessante é que o complexo do Palácio é gigante e formado por várias casas, cada uma com um objetivo diferente e elas não são conectadas entre si. Então tem a casa onde o imperador recebia convidados, onde ele trabalhava, onde ele morava, onde ele estudava, onde os príncipes moravam, as cozinhas (que eram separadas em três casas, de acordo com o tipo de refeição – banquetes, lanches leves e comida do dia a dia).... O complexo tem um jardim bem bonitinho também. Além disso, o palácio tem vários portões e cada um deles servia a propósitos diferentes; um era por onde o rei entrava, o outro familiares, o outro por onde saia os corpos de pessoas que morriam lá dentro...

      Outra coisa que me chamou atenção é que poucos prédios são legítimos. A maioria deles foi destruído devido a incêndios, ou à invasão Japonesa. 

      Quando eu fui, estava bemm frio e você fica praticamente na parte externa o tempo todo, já que os prédios não são interligados.  

      História do Palácio:

      Foi fundado em  1395, logo após o início da dinastia Joseon, pelo Rei Taejo, o fundador da dinastia. A dinastia Joseon governou a Coreia de 1392 a 1897. foi o principal palácio da dinastia Joseon e serviu como residência real por séculos. O nome "Gyeongbok" significa "alegria radiante" ou "bênção radiante", refletindo a intenção do rei de criar um novo centro de poder que representasse o nascimento de uma nova era para a Coreia. 

      Em 1592, durante a Invasão Japonesa da Coreia (Imjin War), os japoneses destruíram muitos dos edifícios do palácio. Após essa devastação, o palácio ficou abandonado por cerca de 270 anos. 

      No final do século XIX, o Rei Gojong, o 26º monarca da dinastia Joseon, decidiu restaurar o palácio. Em 1867, o processo de reconstrução começou, e muitos dos edifícios que vemos hoje são frutos dessa reconstrução, com o palácio sendo quase completamente restaurado à sua antiga glória.

      Com a anexação da Coreia pelo Japão em 1910, partes do Palácio foram sistematicamente demolidas e alteradas e novos prédios no estilo japonês foram construídos. 

      Na década de 1990, o governo sul-coreano começou a trabalhar na restauração completa do palácio, que foi finalmente concluída, e hoje ele é um importante centro turístico e cultural.

      Entrada do Palácio com vista para as montanhas
      Entrada do Palácio com vista para as montanhas
      Interior de um dos prédios do palácio
      Interior de um dos prédios do palácio
      Um dos prédios do Palácio
      Um dos prédios do Palácio
      Jardim do Palácio
      Jardim do Palácio

      ALDEIA HANOK DE BUKCHON

      Do Gyeongbokgung Palácio, eu fui andando até a Aldeia de Bukchon, o que deu mais ou menos 1.4 kms. Perto da aldeia tem várias comidas de rua e várias lojinhas de souvenirs.

      A Aldeia de Bukchon é um local que tem várias casinhas antigas de arquitetura típica coreana -os hanoks- e fica em uma região montanhosa. 

      Os hanoks possuem características arquitetônicas que refletem a harmonia com a natureza. Essas casas são construídas com materiais naturais, como madeira, pedra e telhas de barro, e apresentam uma disposição que leva em consideração fatores como ventilação, luz natural e a distribuição dos espaços. Os hanoks são conhecidos pelo seu telhado curvado, paredes de madeira e o uso do sistema de aquecimento tradicional coreano chamado ondol, que usa o calor proveniente do piso para aquecer o ambiente. 

      A aldeia foi estabelecida durante a dinastia Joseon e foi originalmente uma área residencial para aristocratas e funcionários do governo, devido à proximidade com o palácio real. 

      A aldeia ainda mantém cerca de 900 hanoks e apesar do bairro ser um ponto turístico, ainda existem pessoas morando lá. Então vimos placas pedindo para fazer silêncio e inclusive guardas monitorando os turistas. A região tem horas restritas para turismo também – de 5pm a 10am não é permitido turistar.

      Eu gostei bastante de conhecer a região e de ir andando aleatoriamente por lá – inclusive me perdi algumas vezes hahaha. 

      Várias Hanocks à vista
      Várias Hanocks à vista
      Aldeia Hanock de Bukchon
      Aldeia Hanock de Bukchon

      N SEOUL TOWER

      Preço 2025

      Bondinho: 15.000 wons ida e volta
      Torre: 23.000 wons

      Horário

      Todos os dias das 10h às 22:30

      A estação de metro mais perto da Torre é a Myeongdong. Saindo do metro e pegando à rua a esquerda (Sogong-ro) tem um elevador que leva direto para a entrada do Cable Car. Eu acabei pegando outra direção, pois fiz uma parada para almoçar no Mokmyeoksanbang, que é um restaurante premiado lá perto e depois fui andando até o ponto onde saem os cable cars para chegar na base da Torre, já que ela fica no Monte Namsan (coloque no google maps: Namsan Cable Car).

      Pelo que eu vi, é possível chegar na torre de ônibus também, mas eu achei mais legal ir de bondinho. Da para ir a pé também (tem uma estradinha asfaltada contornando a montanha). Eu peguei o bondinho por volta de umas 16h e tinha pouquíssima fila – acho que fica mais cheio perto do horário do pôr do sol, que deve ser lindo inclusive assistir lá de cima.

      A N Seoul Tower foi inaugurada em 1969 e inicialmente chamada de "Torre de Comunicação de Namsan". Ela foi construída como uma torre de transmissão para melhorar a cobertura de televisão e rádio em Seul. Com o tempo, a torre passou a ser uma atração turística e, em 2005, foi renomeada para "N Seoul Tower", com o "N" representando o nome do monte Namsan e também evocando o conceito de "nova" ou "novidade". Quando eu vi a torre, como eu não sabia dessa história eu pensei "puts, porque foram construir uma torre de transmissão em cima da torre que é um ponto turístico? haha", não sabia que na verdade foi o contrário. 

      A torre tem 236 metros de altura e, se contados também as antenas, atinge 479 metros de altura total.

      A estrutura lá em cima é bem legal e grande. Tem vários mirantes com a vista da cidade, que é linda – não sabia que Seoul tinha tantas montanhas a rodeando – além de lojinhas, restaurantes, um muro onde turistas colocam cadeados e a torre. A vista lá já é tão legal, que fiquei até na dúvida se valia a pena subir na torre. Mas como já estava lá, quis aproveitar e fazer o passeio completo – e valeu a pena! Subi então, de elevador, até um terraço, todo fechado com vidro e com uma vista da cidade 360 graus. A vista lá em cima é muito linda! Dizem que a noite, a vista é linda também, já que a cidade fica toda iluminada. Acho que o melhor horário para ir deve ser perto do pôr do sol, pois daí é possível ver a cidade de dia e de noite. Os andares de cima, possuem restaurantes, mas é recomendado reservar com antecedência. 

      Vista do topo da montanha Namsan
      Vista do topo da montanha Namsan
      Vista no topo da N Tower
      Vista no topo da N Tower
      Muro de cadeados
      Muro de cadeados
      N Tower no topo da montanha Namsan
      N Tower no topo da montanha Namsan

      ATRAÇÕES EXTRAS

      Caso você tenha mais tempo na cidade, fica aqui alguns outros lugares para conhecer:

      • Demais palácios (Changdeokgung Palace, Changgyeonggung Palace, Deoksugung Palace, Unhyeongung Palace).
      • DMZ: Zona desmilitarizada entre Coréia do Sul e Coréia do Norte. Só é possível a visita com um tour guiado. 
      • Insadong: Um distrito cultural e tradicional da Coreia, cheio de lojas, cafeterias e restaurantes. 
      • Myeongdong Shopping Street: Avenida movimentada repleta de lojas, boutiques e comidas de rua.
      • Lotte Tower Seoul Sky: É o edifício mais alto da Coreia do Sul e o oitavo maior do mundo - da para ver ele de diversos pontos da cidade. Nele encontra-se o Seoul Sky, que tem o recorde no guiness por ser o observatório com chão de vidro mais alto do mundo. O prédio fica ao lado do Lotte World, um parque de diversão. 
      • National Museum of Korea: É o principal museu de arte e história do Coreia do Sul.
      • K-Star Road: É uma rua em Gangnam com estátuas de ursos temáticos que representam estrelas de K-pop
      • Andar de bicicleta nas margens do Rio Hans: O parque Yeouido Hangang Park parece ser um lugar gostoso para andar de bike, nas margens do rio
      • Dongdaemun Design Plaza (DDP): É um centro cultural multifuncional. Possui uma fachada futurista e uma enorme cobertura ondulada. Recebe com frequência exposições de arte, design, moda e tecnologia. 

      RESTAURANTES E COMIDAS TÍPICAS

      Comidas Típicas:

      • Barbecue coreano: O Barbecue coreano é bem famoso então vale a pena experimentar. Na mesa eles colocam uma chapa bem quente e você vai colocando a carne crua e alguns vegetais também. Eu adorei que se corta a carne com uma tesoura gigante, super prático haha.

      • Kimchi: Legumes fermentados (geralmente repolho ou rábano) temperados com pimenta vermelha, cebolinha e molho de peixe. Ele é servido como um acompanhamento, em praticamente todas as refeições. 

      • Bibimbap: É um prato composto por arroz quente servido com uma variedade de legumes, carne (geralmente carne de vaca), ovo frito e molho de gochujang (pasta de pimenta vermelha). O prato é misturado antes de comer, criando uma combinação deliciosa de sabores e texturas.

      • Tteokbokki: É um prato de bolinhos de arroz (tteok) cozidos em um molho picante e adocicado feito de gochujang. Frequentemente, é servido com ovos cozidos, peixe processado e vegetais. Eu experimentei esse daqui e estava beem apimentado haha. Além do que, comi a massa de peixe sem saber que era carne haha. 

      • Naengmyeon: É um prato de macarrão frio, tradicionalmente servido com caldo gelado, fatias de carne de vaca e ovo cozido. O macarrão é feito de trigo ou batata-doce. Eu experimentei esse prato também e achei um pouco estranho o fato de ser galado haha.

      Restaurantes:

      Seoul tem vários restaurantes listados no Guia Michelin e premiados no Bibi Gourmand, uma categoria especial dentro do Guia Michelin que reconhece restaurantes de excelente qualidade a preços mais acessíveis. 

      De forma geral, achei que os restaurantes em Seoul fecham muito cedo, muitos fechando às 20h e no máximo 22h (não sei se era a região que eu estava ficando). 

      • Mokmyeoksanbang: Restaurante listado no Guia Michelin. Fica em um local super bonitinho e eu achei muito prático e rápido. Na entrada dele você já pede sua comida por um totem e pega um biper que apita quando a comida fica pronta. Não tem garçons no restaurante. O restaurante é famoso pelo Bibimbap, prato típico coreano. Eu pedi um vegetariano e estava bem gostoso, mas nada extremamente surpreendente. O que eu mais gostei foi o side dish que eu pedi, que era uma panqueca de queijo com kimchi, estava muiiito gostosa. Eu paguei 9.000 wons no prato principal e 13.000 na panqueca – um preço bem razoável para um restaurante premiado! 

      Bibimbap no restaurante Mokmyeoksanbang
      Bibimbap no restaurante Mokmyeoksanbang
      Churrasco Coreano
      Churrasco Coreano

      DICAS

      Acesso à Internet:

      • Internet: Eu comprei um e-sim pela empresa Ubigi, paguei 8 dólares por um plano de 3GB, válido por 7 dias. Caso o seu celular não aceite e-sim, é possível comprar um chip nas lojinhas de conveniência da Coreia, como a Nice to Cu (que tem em todos os lugares). 

      Aplicativos:

      • KakaoMap: É como se fosse o google maps da Coreia. Te mostra rotas, tem navegação, além do mapa do metro. O K-Move é uma opção semelhante.

      • Kakao T: É o aplicativo para pedir taxis - o uber da Coreia. Assim que você baixar o aplicativo, ele vai te perguntar se você é estrangeiro, e se sim, ele te encaminha para baixar outro app, o K.ride

      Curiosidades:

      • Seoul em cada esquina tem uma lojinha de conveniência, seja uma nice to cu ou uma 7 eleven. 
      • Durante a minha estadia na Coreia, eu recebi ao menos 1x por dia algum alerta no meu celular vindo do governo. No primeiro dia, recebi sobre um senhor que estava desaparecido. No segundo dia, acordei num susto, às 06h da manhã porque além de receber o alerta o celular começou a apitar com um som de sirene de incêndio. Demorei a entender o que estava acontecendo. Quando peguei o celular estava escrito "alerta grave" e ao traduzir, falava que tinha nevado e que o chão poderia estar escorregadio haha.