BANGALORE (INDIA) - Dec/24

30/11/2024

Bangalore foi a primeira cidade que eu conheci na Índia e foi um grande choque cultural. Muitas obras acontecendo, trânsito caótico, buzinas sem parar, algumas vaquinhas andando livremente na rua, cheirinho de poluição. Está longe de ter sido a minha cidade preferida, mas eu sou do princípio que todo lugar vale a pena ser visitado e Bangalore também tem suas belezas, além de uma culinária riquissíma e super vegetariana, que eu adorei!



O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR NESSE POST

Caso queira pular alguma parte, é só clicar no link abaixo para ir direto ao tópico

  1. Visto para Brasileiros
  2. Informações gerais (como chegamos, moeda, onde ficamos, como se deslocar, história, clima)
  3. Roteiro para dois dias
  4. O que fizemos (roteiro detalhado)
  5. Atrações extras
  6. Restaurantes
  7. Dicas (internet, como pagar)
  8. Curiosidades gerais

VISTO PARA BRASILEIROS

Brasileiros precisam de visto para ir para a Índia. Achei o processo tranquilo e rápido. E você consegue fazer tudo online.

Obs: Depois de já ter finalizado o processo eu percebi que eu não tirei o visto diretamente pelo consulado indiano e sim por agências que facilitam esse processo (e que cobram mais caro). Então tome cuidado que ao jogar no google "visto para índia" várias agências dessas vão aparecer nos primeiros listados. O site oficial para tirar o visto é: https://indianvisaonline.gov.in/visa/index.html

Vou colocar o passo a passo do processo que eu fiz, mas pelo site do consulado será mais ou menos parecido:

1) Preencher o formulário

A primeira coisa é preencher o formulário que fica em: https://evisas.travel/india/

O formulário vai pedir dados do seu passaporte, o tipo de visto requerido (business, lazer...) e a data que você chega no país.

Você pode escolher o serviço standard (fica pronto em 5 dias úteis), o emergency (fica pronto em 3 dias úteis) e o rush (fica pronto em 2 dias úteis). Eu solicitei o emergency, pois viajava em uma semana. 

Ao final do formulário ele te encaminha para a página de pagamento. O visto emergencial ficou em 233 dólares. Acredito que sem a agência, ele ficaria uns 100 dólares. 

2) Responder o email com os documentos solicitados

Logo após preencher o formulário, você receberá um email do "Visa online travel", solicitando alguns documentos. O meu visto era do tipo "negócio" e os documentos que solicitaram foram:

  • Foto do passaporte
  • Foto pessoal
  • Nome dos pais
  • Cartão de visita
  • Informações da empresa que eu trabalho e da empresa que eu vou visitar (endereço, telefone, site)
  • Carta convite

Você envia todos esses documentos pelo próprio email.

Quando o visto ficar pronto eles te mandarão um email com o Eletronic Travel Authorization (ETA) em anexo. 

3) Receber o visto ao chegar na Índia

Chegando no aeroporto na Índia, terá uma fila específica para quem ainda não tem o visto e aplicou para o e-visa. Você precisará mostrar o seu ETA impresso e comprovante de febre amarela e te darão o visto (que é apenas um carimbo no passaporte). O visto tem duração de 1 ano.  

INFORMAÇÕES GERAIS

COMO CHEGAR

O que precisa para brasileiros irem para a Índia:

  • Passaporte válido
  • Visto indiano válido ou solicitação de visto preenchida
  • Carta convite
  • Passagem ida e volta e comprovante do hotel
  • Comprovante internacional de febre amarela

Eu viajei pela Air France e o meu trajeto foi:

     Ida: SP-Paris, Paris-Amsterdã, Amsterdã-Bangalore
     Volta: Bangalore-Mumbai, Mumbai-Paris, Paris-SP

Uma curiosidade é que para entrar nos aeroportos da Índia, você precisa escanear o seu cartão de embarque na entrada. 

Eu achei os aeroportos da Índia um pouco caóticos, e chegando em Mumbai ainda tivemos que pegar um transfer para mudar do terminal doméstico para o internacional. Tendo a opção, eu pegaria um voo internacional saindo de Bangalore de uma vez e não um nacional (igual foi o trajeto da ida... que fez uma escala a mais na Europa e uma a menos na Índia). 


MOEDA

A moeda oficial da Índia é a rupia indiana (INR). Em dezembro de 2024, 1 INR = 0,07 reais, 1 real = 14,15 INR. Eu achei as coisas na Índia no geral, bem baratas. 


LÍNGUA

Na Índia, a diversidade linguística é imensa, com mais de 22 idiomas oficiais reconhecidos pela Constituição. Entre eles, os principais são:

  1. Hindi - É a língua mais falada e considerada a principal língua oficial do governo central.
  2. Inglês - É usado como língua oficial auxiliar, especialmente para comunicação administrativa e negócios.

Além disso, cada estado indiano pode ter sua própria língua oficial.

A lingua oficial de Bangalore é o canarim (Kannada), que é amplamente falado e usado em placas públicas, documentos governamentais e no cotidiano. Mas o inglês é bastante usado. 


ONDE FICAMOS


Preço 2024

78 euros a diária

O hotel não é nada extraordinário, mas ele está bem localizado, ao lado de dois shoppings, com várias opções de restaurantes. O que foi ótimo, pois Bangalore é um pouco difícil de andar a pé, então conseguíamos fazer tudo perto do hotel. Ele fica bem perto de uma estação de metrô também.

O hotel fica mais distante do local onde tem a maioria das atrações, mas era perto do meu trabalho, então para mim valeu a pena.


COMO SE DESLOCAR

O trânsito em Bangalore é menos caótico do que eu esteriotipei, mas ainda sim, muito caótico. Ninguém respeita as faixas, os carros e tuk tuk vão se enfiando em qualquer espaço que os caibam. A poluição sonora é gigante, buzinam para absolutamente tudo. Carros e motos na contramão é normal e no meio dos carros é comum ver alguém andando (quando não uma vaquinha).

Uber: Uber funciona suber bem em Bangalore e todas as vezes que pedi, chegou super rápido. O preço é muito bom também. Existe uma empresa local que presta os mesmos serviços que a Uber, chamada Ola, mas não consegui baixar no playstore, por minha conta estar vinculada ao Brasil.

Obs: Caso queira pegar um Uber no aeroporto, a corrida não é assinalada a um motorista específico. Quando você solicita a corrida, a Uber te informa um código e o aeroporto possui uma estrutura onde se forma uma fila de motoristas de Uber. Então é só você pegar o primeiro Uber e passar o código para ele. Fiquei um tempão esperando o motorista até entender isso haha. 

Metrô: A cidade não apresenta muitas linhas de metrô, mas possui algumas. Como o trânsito em Bangalore é bem caótico, sendo possível pegar metrô, é uma ótima opção. Eu peguei uma vez e foi super tranquilo – apesar de um pouco cheio! Você compra o ticket na própria estação de metrô (no guichê mesmo, nas estações que fui não tinha nenhuma máquina) e ganha uma moedinha para entrar no metrô. O preço é de acordo com a estação de destino. Eu paguei cerca de 30 rupias indianas.

A pé: Bangalore não é uma cidade muito amiga dos pedestres... em muitos lugares não tem calçadas ou elas estão bem destruídas e atravessar as ruas é um suuper desafio (com altos riscos de um atropelamento haha). Então caso opte por fazer algum caminho a pé, tome cuidado e olhe sempre para os dois lados da rua, porque é sempre possível ter alguém na contramão.

Tuk Tuk: Tem Tuk tuk em todos os lugares da cidade e eles não podem te ver na rua que vão tentar te convencer a fazer uma corrida com eles. Para contratar um tuk tuk, tem que negociar o preço com eles na hora, não achei um aplicativo que você consiga contratar o serviço por ele. Acabei usando apenas Uber. 


HISTÓRIA

A Índia é a quinta maior economia do mundo e o sétimo maior país em extensão territorial.

Religiões: A Índia é uma terra de diversidade religiosa, com várias religiões convivendo há séculos. 80% da população é hinduísta, 14% é islâmica (a índia tem uma das maiores populações islâmicas do mundo), 2% cristã. Uma observação interessante é que apesar do budismo ter nascido na India, ele é seguido por uma minoria. 

Castas: As castas ainda existem na Índia e continuam a desempenhar um papel importante na sociedade, especialmente nas áreas rurais e em contextos tradicionais. Apesar de a Constituição da Índia proibir a discriminação com base na casta desde 1950, a estrutura social baseada em castas ainda influencia diversos aspectos da vida cotidiana, como casamentos, oportunidades econômicas e políticas, e interações sociais.

Situação das mulheres: Mudanças significativas estão acontecendo, impulsionadas pela educação, movimentos sociais e iniciativas governamentais. Empresas e o governo têm implementado ações para promover a inclusão de mulheres no mercado de trabalho, embora as taxas de participação feminina ainda sejam baixas (cerca de 25% em 2023). O casamento infantil ainda ocorre, especialmente em comunidades rurais e pobres, embora as taxas tenham diminuído. Cerca de 23% das mulheres se casam antes dos 18 anos. Apesar de ser ilegal, a prática do dote continua em algumas comunidades, levando a discriminação e violência contra mulheres. Bangalore é considerada uma cidade mais progressista, onde as mulheres tem mais liberdade e acesso a oportunidade (sendo uma cidade mais segura para mulheres viajarem sozinhas também). 

População: A Índia tem mais de 1,4 bilhão de habitantes (2024), sendo o país mais populoso do mundo, superando a China. Bangalore tem mais de 12 milhões de habitantes, sendo a terceira maior cidade da Índia em termos populacionais. 

Bangalore: É uma das cidades mais ricas da Índia e considerada o "Vale do Silício da India", por ser o principal centro de tecnologia e inovação do país. É conhecida também como capital das startups da Índia, com milhares de startups ativas. Além disso, a mão de obra em Bangalore é mais acessível do que em países ocidentais, tornando-a atraente para outsourcing de TI.

História: De 1757 a 1947, a India foi dominada pelo Império Britânico, período marcado por exploração econômica, rebeliões e movimentos de resistência. Após a Segunda Guerra Mundial, o poder do Reino Unido estava enfraquecido, e a pressão para conceder independência à Índia cresceu, o que aconteceu em 1947. Líderes como Mahatma Gandhi lideraram a luta pela independência. Durante a independência da India, o país foi dividido em dois, devido às diferenças étnicas entre Muçulmanos e Hindus, o que culminou na formação do Paquistão. Gandhi é considerado o "Pai da Nação" e é amplamente reverenciado, com feriado nacional no dia de seu nascimento, 2 de outubro, celebrado como o Dia Internacional da Não-Violência.



CLIMA

Situada em um planalto, Bangalore tem temperaturas moderadas o ano todo. A cidade possui três estações principais:

  • Verão (março a maio):  É a estação mais quente do ano, mas as temperaturas raramente ultrapassam 35°C devido à altitude da cidade. As noites continuam agradáveis, com mínimas em torno de 20°C a 22°C.  
  • Monções (Junho a Outubro): A cidade recebe chuvas moderadas devido à monção do sudoeste.  O período é marcado por tardes chuvosas, mas as chuvas geralmente não são tão intensas quanto em outras partes do sul da Índia.
  • Inverno (Novembro a fevereiro): Esta é a estação mais fresca e seca, com temperaturas variando entre 15°C a 28°C.  As manhãs e noites podem ser frescas, mas o clima é bastante agradável durante o dia

ROTEIRO (2 dias inteiros)

O QUE FIZEMOS

BANGALORE PALACE

Preço 2024

500 rupias indianas

Horário

Segunda: Fechado
Terça a Domingo: 10h às 17h30

O Bangalore Palace foi construído em 1878 pelo rei Chamaraja Wadiyar, que governava o estado de Mysore. Ele foi inspirado nos castelos medievais da Inglaterra, especialmente no Windsor Castle. O Palácio serviu como residência oficial da família real Wadiyar. 

A dinastia Wadiyar foi fundada em 1399, durante a Idade Média. Durante o período colonial, a Índia era composta por diversos reinos, além de territórios controlados diretamente pelo Império Britânico. O atual estado de Karnataka, onde Bangalore está, era chamado de Mysore, e governado pelo dinastia Wadiyar, famosa pelo desenvolvimento econômico e cultural. Apesar desse território ser governado por líderes locais que mantinham poder sobre assuntos internos, eles estavam subordinados ao governo britânico em questões de defesa e relações externas.  Os governantes de Mysore, receberam títulos de Mahajara (maha = grande, raja = rei). Em 1947, com a indepêndencia da Índia, o reino de Mysore foi integrado ao restante do território e os mahajaras perderam grande parte do seu poder. 

Atualmente o palácio é uma propriedade privada, usada como atração turística. Além disso o local é usado para casamentos, concertos e festivais. Comprando o ingresso, é possível visitar o castelo por dentro. Eles possuem também um audio guia, com 20 faixas que contam a história do castelo, assim como da família real. Para pegar o celular com o audio guia, é necessário deixar um calção de 40 dólares, ou um documento com foto. Eu deixei o meu RG e foi tranquilo. 

Durante o tour dentro do castelo é possível ver fotografias da família real e cenas de momentos históricos. É possível ver salões decorados e móveis antigos. Não pode tirar foto por dentro. Do lado de fora, o castelo tem um pequeno jardim. 

Eu estava bastante na dúvida se valia a pena fazer esse passeio, mas eu gostei bastante de ter ido. 

Bangalore Palace
Bangalore Palace

ISKCON TEMPLE

Preço 2024

Não paga
Para guardar sapato: 5 rupias 

Horário

Segunda a Sexta: 04h15-05h, 7h15-13h, 16h-20h20
Sábado e Domingo: 04h15-05h, 7h15-20h30

Vestimenta

Calça comprida e blusa tampando o ombro
Mochilas precisarão ficar no guarda volume

O Iskcon Temple é um templo hinduísta pertencente à Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, um movimento religioso fundado em 1966. Esse movimento é inspirado na tradição do Vaishnavismo, uma das principais correntes do hinduísmo.

De acordo com o hinduísmo, a Trindade Hindu é formada por três deuses:

* Brahma: Responsável pela criação do universo
* Vishu: Mantém a ordem e a harmonia do universo
*Shiva: Destrói o que é velho ou obsoleto para abrir espaço para o novo.

Krishna é um avatar (encarnação) de Vishnu. E o Vaishnavismo considera Vishnu ou Krishna como a divindade principal. 

O templo foi inaugurado em 1977. Chegando no templo, é necessário passar as bolsas no raio x e deixar as mochilas maiores em guarda volumes. Para entrar no templo, é obrigatório ir descalço. Você poderá pagar para deixar seus sapatos em um saco de sal com a supervisão de uma pessoa ou pode deixá-los em um espaço público.

Já descalço, será necessário passar por um chão molhado para "lavar os pés" e depois numa espécie de tapete para secá-lo. 

Antes de entrar no templo, você chega em uma parte cheia de blocos no chão, onde pessoas estão cantando o mantra de Hare Krishna. A cada vez que você canta o mantra, você anda um bloco. 

Hare Krishna, Hare Krishna
Krishna Krishna, Hare Hare
Hare Rama, Hare Rama
Rama Rama, Hare Hare

Na sequência, você sobe uma escadaria e então entra no templo. Dentro do templo não é permitido tirar fotos. O templo é bem bonito por dentro e tinha um grupo de música cantando mantras. O prédio do templo por fora, é muito bonito também.

Eu adorei a experiência e acho que vale bastante a pena!

Iskcon Temple
Iskcon Temple
Iskcon Temple
Iskcon Temple

CUBBON PARK


Criado em 1870, o Cubbon Park é um dos maiores e mais famosos parques de Bangalore, na Índia. O parque foi inicialmente projetado para fornecer um ambiente fresco e relaxante no meio da crescente urbanização de Bangalore. 

Eu cheguei de metrô no parque - ele possui uma estação quase dentro dele. O parque é bem grande e a sensação que eu tive é que são vários parques dentro de um. Deu para perceber que a população local aproveita bastante do parque, seja fazendo piqueniques, sentando na grama ou andando de bicicleta. 

Pelo muro do parque é possível observar o Vidhana Soudha, prédio que atualmente abriga a Assembléia Legislativa de Karnataka, construído em 1956.

Eu percorri praticamente toda a extensão do parque a pé e foi uma caminhada super gostosa, eu diria que um refúgio em meio à poluição de Bangalore (tanto sonora quanto do ar). O parque não é nada extraordinário, mas eu gostei de ter conhecido. 

Cubbon Park
Cubbon Park
Cubbon Park
Cubbon Park
Esse prédio é uma biblioteca dentro do parque
Esse prédio é uma biblioteca dentro do parque

UB CITY SHOPPING MALL

UB city shopping mall à noite
UB city shopping mall à noite

Do Cabbon Park eu fui andando até o UB city, um shopping bem chique, com várias marcas de grife. A região do shopping foi uma das mais bonitas que eu vi em Bangalore. Fiquei sabendo que as pessoas famosas que moram em Bangalore, normalmente moram ali.

No andar superior, tem vários restaurantes. Em um dos dias, almocei em um italiano chamado Toscano e estava bem gostoso. 

MG ROAD | BRIGADE ROAD | CHURCH STREET

Do UB City Shopping Mall, nós fomos andando até a MG Road, uma das ruas mais antigas e comerciais de Bangalore e umas das principais ruas de compras. 

Para chegar lá, nós passamos pela Church Street, que fica paralela à MG Road, e é uma região que eu achei agradável. Com inúmeras opções de restaurantes, bares e cafés. 

Eu fui também na  Cauvery Handcrafts, uma loja especializada em produtos artesanais feitos à mão, criados por artesãos locais - acabei não comprando nada, achei tudo bem caro haha. 

ATRAÇÕES EXTRAS

  • Lalbagh Botanical Garden: É um dos jardins mais famosos e antigos de Bangalore, conhecido por sua vasta coleção de plantas, flores e árvores exóticas. Também é famoso pelo Festival Anual de Flores, onde os visitantes podem ver uma incrível exibição de flores e plantas (acontece em agosto e dezembro). 
  • Bull temple | Shri Dodda Ganapathi Temple: O Bull Temple é um templo histórico dedicado ao deus Nandi, o touro de Shiva. O templo abriga uma enorme estátua de Nandi, com cerca de 4 metros de altura. Próximo ao Bull Temple está o Shri Dodda Ganapathi Temple, dedicado ao deus Ganesh, com uma estátua de Ganesh de grandes proporções. 
  • Tipu Sultan's Summer Palace: É uma antiga residência de verão de Tipu Sultan, o famoso governante do Reino de Mysore. O palácio é conhecido por sua arquitetura única, com detalhes em madeira e janelas de arco. 
  • Bengalore Fort: A Fortaleza de Bangalore foi originalmente construído em 1537 por Kempe Gowda, o fundador de Bangalore, e mais tarde expandido por Tipu Sultan. Embora grande parte da fortaleza tenha sido demolida, algumas partes ainda podem ser visitadas, incluindo a porta principal e algumas muralhas. 
  • Sri Krishnarejedra Market: É um dos mercados mais movimentados e antigos de Bangalore. É famoso por sua variedade de produtos, incluindo flores frescas, especiarias, frutas, legumes e itens artesanais.
  • Ulsoor Lake: É um dos maiores lagos da cidade e um local popular para passeios de barco e atividades ao ar livre.
  • Shivoham Shiva Temple: É um templo moderno dedicado ao deus Shiva, famoso pela sua grande estátua de Shiva de 65 pés (cerca de 20 metros) de altura

RESTAURANTES

Para mim que sou vegetariana, a Índia foi um paraíso gastronômico. Entrar em um restaurante sem me preocupar se teria comida vegetariana foi maravilhoso. Eles tomam inclusive muito cuidado com contaminação cruzada e as cozinhas vegetarianas e não vegetarianas são normalmente separadas. Restaurantes fast-food como Mc Donals, Subway e afins, não tem apenas uma opção vegetariana como é comum no Brasil e sim váaarias. Uma coisa interessante que percebi é que diferente de outros países que estão começando a se tornar mais vegetarianos e para isso vendem aquelas fake carnes, que imitam as carnes reais, a Índia tem naturalmente uma cultura vegetariana. Então no Mc Donalds por exemplo, eles não tentam imitar um Mc Chicken, mas oferecem opções vegetarianas com outros sabores. 

As comidas são muito boas e todas muito bem temperadas, mas também muiiiito apimentadas. Eu sou resistente a pimenta e como todos os dias na minha rotina, mas lá é outro nível. Eu pedia um Mc Donalds no-spicy e o molho vinha tão apimentado, que eu terminava de comer com dor no ouvido hahaha. Teve alguns pratos que eu não consegui finalizar, de tanta pimenta. 

Sobre carne de boi... em Bangalore não é proibido o comércio, mas não são todos os restaurantes que vendem. Mc Donalds por exemplo, não tem - já pensou em um Mc sem BigMac? hahaha. Me falaram que como a procura por carne de boi é menor, muitos restaurantes preferem não vender, para não afastar clientes que são contra a comercialização de carne de boi. 

E por último, vamos falar do assunto mais polêmico: Higiene! Antes de chegar na Índia, me botaram muito medo sobre a higiene na Índia e intoxicação alimentar. Vi uma lista grande do que não comer - água sem ser de garrafa (inclusive me disseram para não consumir água de hotéis e restaurantes, que te servem em garrafas da casa), frutas expostas, comida de rua, coisas cruas... No começo estava com medo, mas depois fui me soltando. Como eu estava com um indiano, ajudou também, pois ele nos levava em restaurantes confiáveis. No fim, passei mal? Passei hahaha. Mas acho que foi mais pela pimenta do que por alguma intoxicação alimentar. 

Comidas típicas que eu experimentei: 

  • Dosa: Uma das iguarias mais populares do sul da Índia, a dosa é uma panqueca crocante feita de arroz e massa de lentilha fermentada. Ela pode ser servida de várias maneiras, como masala dosa (com recheio de batata temperada) ou paper dosa (super fina e crocante). No café da manhã do hotel serviam e eu comi uma  dosa recheada com queijo e estava muiiiito boa. Pena que só experimentei no meu último dia lá. 
  • Panner: É um queijo fresco e não curado, feito a partir de leite de vaca ou de búfala. Ele tem uma textura firme e suave e é usado em muitos pratos vegetarianos. Parece um pouco com queijo coalho. Comi em vários lugares. 
  • Dal: É um prato à base de lentilhas ou feijões cozidos e temperados com especiarias como alho, cominho, coentro e cúrcuma. É uma refeição simples e nutritiva muito popular na Índia, geralmente servido com arroz ou pães como o naan. 
  • Naan: Pão indiano macio e levemente crocante, tradicionalmente assado em um forno tandoor (forno de barro). Feito com farinha de trigo, iogurte e fermento, o naan é servido como acompanhamento para pratos com molhos ou curry, como dal e curry

Restaurantes:

  • Toscano: É um restaurante italiano que fica no UB shopping Mall. O restaurante é bem agradável e eu comi uma lasanha vegetariana que estava bem gostosa, apesar da porção ser pequena. As pizzas estavam bem bonitas e fiquei com vontade de experimentar. 
  • Khandani Rajdhani: Esse restaurante fica dentro do Phoenix Marketcity, o shopping perto do hotel que eu fiquei.  Ele oferece uma experiência autêntica de comida tradicional indiana, especialmente focada na culinária Rajasthani e Gujarat - estados ao norte e oeste da Índia, respectivamente. O restaurante é conhecido por seus buffets no estilo thali, onde os pratos são servidos em pequenas porções e você pode se servir à vontade de uma variedade de pratos. Eles te dão uma bandeija, com vários potinhos pequenos e vão te servindo uma variedade de opções. Não sei a metade do que eu comi, mas estava tudo muito bom. Vale super uma ida lá. 
  • Windmills: É uma micro cervejaria (com várias opções de chopp) e o restaurante é bem bonito. Eu comi um Aloo Tikki Chaat, que é uma street food famosa na Índia. São basicamente bolinhos fritos de batata temperados, com uma variedade de chutneys. Estavam uma delícia (custou 295 rupias). Comi também o Lahsooni Paneer Tikka, que é o Panner (queijo deles) com um toque de alho (525 rupias). Cada pint de cerveja artesanal foi por volta de 395 rupias. 
  • Ironhill: É ma micro cervejaria também. O restaurante é gigante (com várias cozinhas) e possui uma arquitetura bem diferente e bonita. Vale muito a pena visitá-lo.  Eu comi um dal (prato feito à base de lentilhas, temperados com uma variedade de especiarias e ervas aromáticas)  com arroz e naan (tipo de pão tradicionalmente assado em um forno de barro. É um dos pães mais populares na culinária indiana)

Restaurantes que eu não fui mas me recomendaram:

  • MTR: É um dos restaurantes mais tradicionais e famosos da Índia, especialmente em Bangalore. Fundado em 1924, o MTR é conhecido por oferecer comida caseira autêntica, com sabores típicos do sul da Índia.
  • Toit: É uma famosa cervejaria artesanal e restaurante. Combina um ambiente moderno e descontraído com uma excelente seleção de cervejas caseiras e uma variedade de pratos inspirados na culinária internacional e indiana. 
Dosa
Dosa
Restaurante Khandani Rajdhani
Restaurante Khandani Rajdhani
Restaurante Windmills
Restaurante Windmills

DICAS

  • Internet: Eu comprei um e-sim pela empresa Ubigi, paguei 15 dólares para 10GB.
  • Dinheiro: Eu paguei quase tudo com cartão, mas tiveram alguns poucos lugares que não aceitavam, então é bom ter dinheiro sacado também - mesmo que pouco. Eu saquei pelo cartão de débito da WISE no próprio aeroporto. 

CURIOSIDADES

Segue algumas curiosidades e percepções minha sobre a cultura indiana:

  • A Yoga tem profundas conexões com o hinduísmo, pois suas origens estão enraizadas nos antigos textos e práticas espirituais indianas que formam a base dessa religião. O objetivo principal da yoga, assim como do hinduísmo, é superar o ego e as ilusões da vida material para alcançar a liberação espiritual (moksha). 
  • O hinduísmo considera a vaca um animal sagrado. A vaca é vista como um símbolo da vida, da maternidade e da prosperidade, porque fornece leite, um alimento essencial para a nutrição. Em muitas regiões da Índia, há leis que proíbem o abate de vacas. Embora nem todos os hindus sejam vegetarianos, muitos adotam o vegetarianismo como um ato de reverência à vida animal, especialmente à vaca. Entre os que comem carne, o consumo de carne bovina é geralmente evitado.
  • A India é considerada o país mais vegetariano do mundo e a cozinha indiana oferece uma grande variedade de pratos vegetarianos. Líderes como Mahatma Gandhi inclusive defenderam o vegetarianismo, associando-o a uma vida simples e espiritual. De acordo com estudos recentes, 20 a 40% da população indiana é vegetariana. 
  • Em muitos lugares eu senti um cheiro não muito agradável vindo de algumas pessoas. Pesquisando sobre, eu descobri que tem relação com a quantidade de temperos usados nas comidas. Além disso, o cheiro em alguns países orientais não é tão estereotipado como na cultura ocidental. 
  • No geral achei os indianos muito simpáticos e humildes. Os indianos tem um jeito bem específico de balançar a cabeça quando concordam ou discordam de alguma coisa e você nunca sabe se estão concordando ou discordando hahaha.
  • Buzinar é algo bem comum e ninguém leva para o lado pessoal hahaha. Apesar do trânsito ser caótico, não vi nenhuma batida, mas os carros são bem detonados, cheio de arranhões. 
  • Serviço na Índia é geralmente muito barato. Então é comum famílias de classe média terem cozinheiros e faxineiras todos os dias, por exemplo.